01 agosto 2010

Leonora... até um dia (breve)


O Leonora tem estado em fabricos, daí este Blogue não ter sido actualizado tão frequentemente quanto eu gostaria. O tempo é sempre pouco para "navegar" na net.
Esse mesmo tempo tem agora de ser gerido de uma forma muito mais rigorosa, distribuindo-o entre os fabricos no LEONORA e a concretização de um pequeno sonho que começou hoje.
Daí este não ser um post de despedida mas sim, um fechar de um ciclo de grandes aventuras neste barco fabuloso com mais de 50 anos e com outros tantos pela frente. Outras aventuras de certo virão...
Continuarão a ser aqui publicados todos os factos da sua reparação e não só.

Até já LEONORA, olá SIMURGH.

http://simurgh3.blogspot.com/

03 abril 2010

Silhouette owner's and the outhers


Generalizando muito, mas mesmo muito, existem dois tipos de pessoas, as que têm barco e as outras, dentro das que têm barco, existem os velejadores e os "motonáuticos"... poderia continuar a divagar até ao pormenor, mas não encontraria uma "classe" onde encaixar o Oliver Hancox.
Se atravessar o Canal na Mancha à vela já é um grande feito, aos 14 anos e com o simples intuito de angariar fundos para a pesquisa da cura do cancro, o feito torna-se ainda maior. O Oliver perdeu o pai, vítima de cancro, o qual foi a primeira pessoa a fazer a mesma travessia em prancha à vela, "filho de peixe...".

Existem aqueles que têm um Silhouette e os outros...
O Oliver tem um Silhouette, mas isso pouco importa...

http://www.channelchallenge.co.uk/index.htm

28 dezembro 2009

Novo Leme

Há algum tempo que não escrevo nada neste blogue, falta de tempo, muito vento... agora com o Leonora em terra para manutenção, vou aproveitar para colocar a escrita em dia.

No post anterior prometi noticias para breve, não tão breves quanto desejava, mas aqui estão elas:

Depois de retirar o leme, aproveitando o desnível junto à antiga ponte cais de Alhandra, lá levei o que restava do leme para o "estaleiro" (vulgo garagem).
Após análise dos destroços verifiquei que a madeira do leme se encontrava algo "gasta" (vulgo podre, mas essa palavra não consta no meio vocabulário náutico).


Decidi então não só reparar a peça de fixação, mas sim fazer um leme totalmente novo, aproveitando apenas o veio em varão de aço galvanizado maciço. A primeira ideia era mandar fazer um um leme totalmente em inox, mas logo desisti da mesma. Primeiro pelo preço, depois porque acho que o barco iria ficar descaracterizado com aquele "apêndice" brilhante. Resolvi então recorrer à opção "faça você mesmo":
Materiais: Chapa de contraplacado marítimo de 20mm (oferta da CLAC); cantoneira U em inox (há de tudo numa garagem); parafusos e porcas inox (6€ - Maxmat); toda a ferramenta necessária.



O leme ficou maior do que o anterior, fruto duma consulta ao projecto original onde verifiquei que tinha o antigo leme era cerca de 10cm menor do que o projecto indicava.
Estranho, ou talvez não... depois de puxar pela cabeça lembrei-me que, ainda em Setúbal, numa das muitas subidas e descidas na velhinha grua do Clube Naval de Setúbal, houve uma que correu menos bem e o leme ficou inclinado e apoiado no atrelado acabando por partir devido ao peso do barco sobre o leme.
Nessa altura o meu pai reparou o leme da mesma forma que eu agora o fiz. Talvez tenha sido nessa reparação que o leme não ficou com as dimensões correctas.
O certo é que agora o leme ficou impecável, com maior precisão e inércia.
Resultado final!!!

25 setembro 2009

Encontros imediatos do 3º grau...

Depois de ler tantas crónicas dos velejadores de água a cima sobre redes meixão, bóias e cabos de aço submersos, agora escrevo eu a minha (infelizmente).
Andava eu e o Leonora todos contentes a fazer largos na "buraca" quando sinto qualquer coisa que me prende o leme. Sem mais nem menos o barco pára, ainda pensei estar encalhado no cabeço, mas não, era uma rede presa no leme.
Folgo as escotas de imediato e pano todo em baixo o mais rápido que pude, felizmente o vento caiu nesse preciso momento.
Com a maré a encher e a inércia do barco, o leme estava sujeito a uma força fora do normal.
Depois de tentar de todas as formar libertar a rede entalada entre o casco e o leme, não tive alternativa senão cortar um dos cabos. O barco seguiu à róla rumo a Vila Franca, nessa altura vi logo que algo se passava, o leme estava extremamente leve e com folga. Naquele dia não liguei muito e regressei à marina de Alhandra preocupado. Só ontem com a maré cheia retirei o barco pela rampa e voilá... uma das abas de fixação do leme tinha partido.
Solução.... retirar o leme e reparar a peça.
É estranho não ter leme no Leonora, não estou habituado à motonáutica, é como cortar as penas da cauda a um pavão.
Novidades da reparação para breve.






21 julho 2009

Leonora em Valada

Deixo aqui algumas fotos da subida rio acima até Valada.
Um passeio memorável.


18 maio 2009

Leonora na "Blogesfera"

Créditos do "quadro" - Sailor Girl

O quadro perfeito, a imagem de Nossa Senhora, o Cristo Rei, a Sagres e claro o Leonora.

Leonora na Imprensa

No Domingo enquanto subia o rio, liga-me um amigo a dizer que o meu barco estava na edição daquele dia do jornal Público, pensei que era a gozar, mas de facto aconteceu... lá estava ele (nós) na página 3, o barco com mais verniz de Alhandra a abrilhantar o cortejo.



Fica a imagem da edição digital do jornal.
Vamos ver se a fama não lhe sobe à cabeça... de certo que não, porque quem vai ao leme é que dita o rumo.

Leonora ainda mais a sul...

Depois da vinda do Douro para Alhandra, desta feita o Leonora foi ainda mais para sul até Lisboa.
Tudo começou à um mês atrás quando vi o cartaz comemorativo com as celebrações do 50º aniversário do monumento do Cristo Rei, do qual constava um cortejo de embarcações na travessia do Tejo a acompanhar a imagem de Nossa Senhora.
Todas as razões são óptimas para velejar mas esta, como católico que sou, motivou-me de sobremaneira e lá fui eu rio abaixo.

Sábado

13:40 - Depois de uma breve conversa com o Paulo Nunes do Free, saí de Alhandra sem vento já a maré vazava com força. Ainda preparei a genoa na esperança da tipica nortada da tarde, mas tive azar, a partir da Ponte Vasco da Gama entrou um Sudoeste com a mudança da maré que me obrigou a usar o vento do porão em toda a viagem. Cheguei à Doca de Alcantra ainda antes das 17:00 depois de passar pela Sagres já ancorada em frente ao Terreiro do Paço.


17:30 - Tratados os procedimento de entrada na doca, estava na hora do lanche abordo depois de 3 horas de "navegação intensa".

18:30 - a tripulação aumentou e saímos para o cortejo, o rio estava consideravelmente mais calmo e o vento tinha diminuido a sua intensidade. Ia preparado para a confusão, o Leonora pequenino com os seus 5,5m de comprimento e 40 cm de costado no meio dos imponentes Jenaeu e Benetau de mais de 40 pés. No entanto, correu tudo muito bem, muita atenção aos "gigantes" e destresa no caxão das ondas dos "gasolineiros" (vulgo barco a motor e só a motor) lá chegamos a Cacilhas acompanhando a imagem de Nossa Senhora que ia a bordo do NRP Dragão.

20:00 - Regresso a Alcantra num por do sol mágnico.

21:00 - Jantarada com os amigos

00:00 - Caminha (flutuante claro), no domingo era preciso acordar cedo para aproveitar a maré que me levaria de Volta a Alhandra.


Domingo

07:00 - Saida da Doca da Alcantra a todo o pano aproveitando a maré e a brisa matinal de Noroeste. Em alguns troços usei o motor para manter uma velocidade constante e não perder a maré. Mas os o avançar da manhã a brisa passou a vento e praticamente não usei o motor apartir da Vasco da Gama.

11:20 - Chegada a Alhandra já com a maré a vazar, ainda fiz um bordo até Vila Franca para depois navegar ao largo até Alhandra.

Muito mais haveria para contar, mas deixo as imagens da aventura para completar.
http://picasaweb.google.com/fmamorgado/LeonoraEmLisboa16_17Maio#


Obrigado ao Paulo pelas imagens que me cedeu.